Na audiência pública de novembro de 2023, Dan Baron alertou sobre ‘ecocídio’ e afirmou o projeto de lei e a eco-pedagogia, inspirados por Rios de Encontro, em sintonia com a Caciqua Kátia Gavião…

Para ler nossa contribuição na Audiência Pública e outras contribuições destacadas nessa matéria do Jornal Correio, clique em continuar lendo…

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Lançamos Viveiro: Raízes do Futuro!

6 Dan Baron e Karol Cunha (Casa de Educação Popular) inicia o primeiro diálogo sobre Bem Viver na vida pessoal (ALEPA, 04.09)

Dan Baron e Karol Cunha abrem o primeiro diálogo na Sessão Especial na ALEPA

Desde o VII Festival Beleza Amazônica no final de 2019, Marabá vem perguntando: “E o projeto? Enraizado na comunidade Cabelo Seco desde 2009. Não volta mais?”

“Igual com tantos milhares de projetos, fechamos nossas portas em março de 2020 para proteger a comunidade do Covid,” disse Dan Baron. “As oficinas, espetáculos, cine na rua, biblioteca, jardim medicinal, bicicletadas, festivais. Parou tudo. Mas atrás, estávamos atuando, online, não para adiar o fim do mundo, mas para transformá-lo!”

2 Camylla Alves apresenta o solo 'A Baleia e a Dançarina' (contemplado com a Lei Aldir Blanc, Secult-Pará) na laive com Aliança Educere (maio de 2021).

Camylla Alves apresenta uma cena da obra virtual em progresso ‘A Baleia e a Dançarina’ na live mundial com Aliança Educere (maio de 2021).

Em julho de 2020, Camylla Alves da AfroMundo contou para Dan um sonho, quando foi engolida por uma baleia. Após seis meses de ensaios por whatsapp, saiu a obra virtual, A Baleia e a Dançarina.

“A dança me curou do trauma da pandemia”, explica Camylla. “Mas vivendo a memória do mundo na barriga da baleia, reencontrei minha raiz. A vida simples. De conviver com a Natureza. E aprendi. Quem vive essa visão ecológica, vai sobreviver o colapso climático.”

5 Camylla vive a história do mundo na barriga da baleia na obra 'A Baleia e a Dançarina'(setembro, 2021)

Camylla vive a história do mundo na barriga da baleia na obra virtual ‘A Baleia e a Dançarina'(setembro, 2021)

Ao longo de 2021, o Dan Baron produziu quatro vídeos sobre a criação coletiva dos monumentos As Castanheiras de Eldorado dos Carajás, e 500 Anos de Resistência dos Povos Indígenas do Brasil. Narrados por Manoela Souza, os vídeos mostram como no centro desses grandes símbolos emergirem escolas de formação artística de eco-pedagogas.

5 Dan Baron explica à Dep Marquito Abreu (PSOL-SC) o potencial força eco-pedagógico do monumento As Castanheiras de Eldoradodos Carajás na ALESC (20.06.23)

Dan Baron explica a força eco-pedagógica do monumento ‘As Castanheiras de Eldorado Castanheiras’ numa Sessão Especial moderada pelo Deputado ‘Marquito’ Abreu (PSOL) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Florianópolis, 20.06.2023).

Durante a pandemia, o projeto também realizou 24 mesas virtuais, No Limiar entre Ecocídio e Bem Viver, com artistas, educadores, advogadas e políticos do mundo. Camylla Alves e Elisa Dias do Coletivo AfroRaiz foram convidadas para contar como ao longo de 12 anos, sua experiência na beira do rio virou consciência ecológica.

4 Elisa Dias e Camylla Alves respondem às perguntas de todos os continentes sobre Rios de Encontro (Dia da Amazônia, 2022)

Elisa Dias e Camylla Alves respondem às perguntas de arte-pedagógos/as de todos os continentes sobre ‘Rios de Encontro’ (Dia da Amazônia, 2022)

Os vídeos inspiraram a ONU (Organização das Nações Unidas) convidar Dan Baron apresentar o projeto ao Comitê dos Direitos do Povos Indígenas. “Já converteu o projeto em programa de educacional pela sustentabilidade?”, perguntou coordenadora Rashmi Jaipal da Índia. “Motivará o mundo reimaginar a escola como lugar para aprender plantar cidades ecológicas, através das artes”.

“Recusei um contrato para ministrar cursos de dança na Usina da Paz”, conta Camylla. “Optei em ser dança educadora e estudante de educação física. Ganho menos, mas não quis que a Vale usar minha história para enganar Marabá”.

WSAE 2023. (eng)

Numa mesa virtual em junho de 2021, surgiu o Coletivo EcoeBrasil para criar um Projeto de Lei que reconhece a destruição dos rios, florestas, oceanos e terras como ‘crime de ecocídio’. Em junho do 2023, o PL 2933 foi protocolado no Congresso. “Quem teria imaginado os jovens do Cabelo Seco inspirando isso?”, sorri Dan. “Mas sem artistas e eco-pedagogas em cada escola no país, não sairá da gaveta”.  

Por trás disso tudo, Manoela estava estudando terapias corporais e aquáticas, online. “Desde 1999, vi como as artes sensibilizam comunidades, com efeitos terapêuticos. Mas sem artes de cura, as traumas de genocídio, escravização e pobreza ficam, adoecendo a alma. Cadê as terapias para todos?”

10 Manoela Souza explica a relação entre cura, eco-pedagogia e Amazônia Bem, Viver (Alepa, 04.09)

Manoela Souza reflete sobre a relação entre cura, eco-pedagogia e uma Amazônia Bem Viver na entrevista coletiva, na ALEPA.

Em abril de 2023, ela montou uma piscina terapêutica na Casa dos Rios, iniciando um projeto de cura que integra o jardim Salus. “Dizem nossas mudas de boldo salvaram centenas de vidas em Cabelo Seco na pandemia.”

8 Conexão Afro da Escola Irmã Deodora celebra o resgate de raizes culturais.jpg

Maria da Oliveira, Vitória e Kemilly da Souza e Markus de Sousa do projeto ‘Conexão Afro’ da Escola Irmã Theodora, Marabá, celebram seu resgate de raizes culturais.

Profa Doelde Ferreira, autora do projeto Conexão Afro na Escola Irmã Theodora e a Claudelice Santos, fundadora do Instituto Ze Claudio e Maria (IZM), foram as primeiras parceiras para vivenciar a áquaterapia. Entraram numa caravana de Marabá para participar na Sessão Especial na ALEPA, no 04 de Setembro, idealizada num diálogo entre Dan Baron e Deputado Dirceu tem Caten, autor da primeira lei estadual do Bem Viver, no Brasil.

11 Marquito Abreu explica o significado da Lei de Compostagem no diálogo entre deputados e lideranças comunitárias, mediado por Karol Cunha (ALEPA, 04.09)

Num diálogo histórico entre o Sul e o Norte do país, Deputado Marquito (SC) responde à pergunta do Deputado Dirceu (Pará), sobre a primeira Lei de Compostagem no Brasil, numa entrevista coletiva com lideranças comunitárias, mediado por Karol Cunha (Casa de Educação Popular, Marabá)

Dan Baron e a equipe da ALEPA afastaram as cadeiras e mesas do palco formal no auditório para criar Viva Amazônia Bem Viver, uma roda de diálogos, perguntas e escutas permeada por danças indígena, afro-raiz e carimbo.

7 Elisa Dias do Coletivo AfroRaiz explica o significado do resgate da raiz na sua formação como artivista comunitária

Elisa Dias do ‘Coletivo AfroRaiz’ explica o significado do resgate da raiz na sua formação como artivista comunitária (ALEPA).

“Vivenciamos uma assembleia colaborativa”,  disse o Mauro Pereira da ONU, “de diálogos entre deputados, gerações, legisladores e comunidades, em solidariedade com a Amazônia e o futuro do mundo”.

10 Mauro Pereira da ONU explica os 17 ODS com apoio de Maria da Oliveira, Kemilly da Souza e Markus de Sousa do projeto Conexão Afro

Mauro Pereira da ONU explica os 17 ODS com apoio do projeto Conexão Afr

Rios de Encontro está de volta, pronto para oferecer seu novo programa Viveiro: Cura, Formação Eco-Pedagógica, e Convivência Artística.

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Eco-pedagoga, poeta e contadora de histórias, Joana Palikur Chagas (Escola Bosque, Outeiro), abre a Sessão Especial na ALEPA com um ritual de acolhimento, afirmando ‘o futuro é ancestral’. .

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Viva Amazônia Bem Viver!

1 Cartaz da ALEPA celebra o projeto Salus no micro-bairro do PAC, em Cabelo Seco

Viva, Amazônia Bem Viver!
Defendendo os Direitos da Amazônia na Semana Bem Viver, 2023

ALEPA Assembleia Legislativa do Estado do Pará
Belém, 04 de Setembro, 09h-13h

Por que, já?

Quando nossas canoas retornam famintas
transformamos nossa fome em dança
quando as florestas gemem nuvens de pó
transformamos nossa asma em canto
para que quando cheguem usineiros da paz
para resetar e leiloar nossos bisnetos
asfixiados no útero por seu vício ecocida
nossa Amazônia já estará se retomando

Porque na cura de toda cicatriz
aprendemos a arte de cuidar
no silêncio de todo agrado
aprendemos a coragem de ousar
e na pergunta de toda criança
nasce um pulso ancestral do bem viver

Objetivos (no limiar entre ecocídio e bem viver)

1 Praticar métodos participativos para criar diálogos inéditos;
2 Popularizar projetos ecológicos urbanos e de criminalizar ecocídio;
3 Imaginar pedagogias que já cultivam ecovilas sustentáveis;
4 Descolonizar imaginários para sentir futuros ancestrais;

Subjetivos (no fim do mundo)

a) Você acredita que a Natureza possa se regenerar?
b) Qual é sua maior qualidade cuidadosa?
c) Qual ação bem viver é mais urgente na sua vida?
d) Como já cultivar o bem viver na sua comunidade?

Fórum Bem Viver
Pará, 2023

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Podemos criar eco-futuros, agora?

WSAE 2023 (port)

Venha participar nessa sexta feira na nossa primeira ação eco-pedagógica cultural de 2023, um híbrido Círculo de Diálogo interregional, parte da Cimeira Mundial sobre Educação Artística.

Vamos criar recomendações para a Conferência Mundial da Cultura e da Arte Educação (UNESCO, dezembro de 2023), em resposta ao Relatório da UNESCO de 2021: Reimaginar a Educação para Nossos Futuros Sustentáveis.

A roda iniciará com uma entrevista coletiva com a percussionista e eco-pedagoga Elisa Dias do Rios de Encontro sobre o vídeo ‘AfroRaiz apresenta Amazônia Bem Viver’. Em seguida, o círculo de diálogos se dividirá em pequenas conversas, guiadas por quatro questões:

a) Como transformar as escolas em ambientes de futuros sustentáveis?
b) Como transformar os professores/as em ‘eco-performers’?
c) Como enraizar nosso mundo contemporâneo em culturas ancestrais vivas?
d) Como transformar projetos em políticas?


Link: https://us02web.zoom.us/j/81958613361
Senha: 769209


Até sexta!

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O Monumento Indígena do Brasil vira pluriversidade e advogado pela Mãe Natureza

Durante 2001-2, junto com nossos projetos na Amazônia, nosso Instituto Transformance dedicou-se à restauração do ‘Monumento de Resistência dos Povos Indígenas do Brasil’, localizado no Monte Pascoal, no Sul da Bahia.

2 Monument Indígena inaugurado no 19.08.2001

Você pode ler a história da criação coletiva pelo Povo Pataxó deste monumento (2000-01) e como surgiu sua restauração coletiva, nesta crônica: Pisa devagar (2020).

Você também pode entender como o Monumento fortaleceu (e ainda fortalece) o resgate cultural e educacional da língua Patxôhã e do ritual sagrado, como um território de formação de lideranças e de educadores/as, neste vídeo: https://youtu.be/JVr7Q3qtYMY

4 A liderança Gigi Pati Pataxó, assassinada, julho 2021 (pintando, em 2001)

O Monumento restaurado foi lançado no Dia dos Povos Indígenas do Brasil, no 22 de abril de 2022, através de um vídeo em progresso dedicado à liderança Gigi Pati (Tico) Pataxó (dir), assassinado no dia 05 de julho, 2021.

A restauração do Monumento aprofundou a resistência coletiva Pataxó aos projetos de lei do governo federal genocida e ecocída do Jair Bolsonaro, inspirando novos diálogos documentos nessa crônica: Mel (2022)

Inspirou o Comitê das ONGs (CDPI) sobre os Direitos dos Povos Indígenas na ONU elaborar e publicar uma Declaração solidária com os Pataxó do Sul da Bahia e todos os Povos Indígenas no Brasil, na sua busca pela preservação de seus direitos e territórios ancestrais (ler a Nota e a Declaração):

CDPI Declaração sobre Situação de Emergência no Brasil
Nota (Coletivo Pataxó)

Agradecemos o apoio do Fundo Casa na realização do projeto de restauração: A Retomada do Monumento de Resistência dos Povos Indígenas do Brasil (2001-21).  

Fotos: Arquivo Transformance (2001-2022) e, a última, Arquivo Pataxó (2022)  

 

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Hoje! Pelo Olhar da Maria: do Ecocidio ao Bem Viver!

Folhas da Vida e Rabetos Videos representam Cabelo Seco na celebracao da vida de Maria Silva e Ze Claudio Ribeiro no aniversario do assassinato do casal

Como co-gestores da 7ª Romaria dos Mártires da Floresta, temos o prazer de convidar os participantes, amigas e amigos, e colaboradoras e colaboradores do Rios de Encontro participarem na conversa pública hoje, nessa sexta feira, dedicada ao projeto eco-pedagógico da Maria da Silva, extrativista amazônica, assassinada no dia 24 de maio, 2011, cultivando uma Amazônia sustentável.

Maria:majestidade

Nesta roda de conversa, Dan Baron, co-fundador do Rios de Encontro, responderá a perguntas sobre as origens e os aprendizados do projeto, com base em insights adquiridos em diálogos com Maria e a turma da Pedagogia do Campo e durante sua busca por pedagogias de transformação através da performance.

A roda está realizada pelo Instituto Ze Cláudio e Maria e pelo Instituto Transformance, no Sul do Pará, Amazônia, Ecoe Brasil, e Cambridge Latin American Research in Education Collective (CLAREC):

Sexta, 27 de Maio
06h-08h (Brasil)
10h-12h (Inglaterra)
Darwin College, University of Cambridge
Inglaterra

Para participar online, clica aqui
https://us02web.zoom.us/j/8522582160
ID: 852 258 2160

Viva maria Viva!

This public conversation is dedicated to the eco-pedagogical project of Maria da Silva, an Amazonian extractivist, murdered on May 24, 2011, cultivating a sustainable Amazon.

In this circle of conversation, Dan Baron, co-founder of the Rivers of Meeting project, will answer questions about the origins and learnings of this project based on insights he acquired in dialogue with Maria and the class of Pedagogy of the Land, during his quest for pedagogies of transformation through performance.

This circle is organized by the Instituto Ze Cláudio e Maria and by the Transformance Institute in Southern Pará, Amazônia, Ecoe Brasil, and the Cambridge Latin American Research in Education Collective (CLAREC).

Friday, 27 of May
10am-12pm (England)
6am-8am (Brasil)
Darwin College, University of Cambridge
Silver St, Cambridge, England

To attend this meeting online, click on
https://us02web.zoom.us/j/8522582160
ID: 852 258 2160

 
 
 
 
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Roda Viva (agora!): Bem Viver já! Good Living now!

Venha participar na Roda Vida Aprendizados para Futuros Alternativos, hoje, ás 12h30-14h (Brasil), dedicada a memória e ao projeto vivo da eco-pedagoga amazônida, Maria da Silva, assasinada em maio de 2011. Traga suas perguntas ousadas sobre como cultivar casas, comunidades e escolas bem viver….  

Clica aqui para mais informações e o link ao convite:
Aprendizados Para Futuros Alternativos

Come participate in the Live Circle Learnings for Alternative Futures, today, from 12.30pm-2pm (Brasil), dedicated to the memory and the living project of the Amazonian eco-pedagogue, Maria da Silva, assassinated in May, 2011. Bring your daring questions about how to cultivate good living homes, communities and schools…

Click here for more information and the link to the invitation:
Learnings for alternative futures

 

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Reencontrado! O primeiro Calendário do Rio de Encontro, 2011…!

2011 Calendar (p)

Sim! Reencontramos o primeiro ‘Livro-Calendário’ de 2011, nunca imaginando na época que mais sete calendários iam seguir! Aproveita e reconhece AfroRaiz na sua infância!

E agora, estamos planejando o nono livro-calendário para completar a narrativa da primeira década do Rios de Encontro!

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Rios de Encontro lança ‘Amazônia Sem Molduras’ 


Nessa semana, o Instituto Transformance realizou dois lançamentos da exposição digital Amazônia Sem Molduras (contemplada com o Prêmio de Artes Visuais, da Lei Aldir Blanc, Foto Ativa/Secult-PA). As 22 obras poético-fotográficas retratam momentos chaves nos primeiros 10 anos do projeto eco-cultural socioeducativo, Rios de Encontro, enraizado na comunidade Cabelo Seco desde 2009.

Doelde Ferreira, Kemilly da Souza e Markus Sousa recebem o quadro ‘consciência negra’ de Dan Baron da exposição Amazônia Sem Molduras como presente do Rios de Encontro

A proposta da exposição surgiu da co-fundadora do Instituto, Manoela Souza. “Cada obra começou sua vida como um grande ‘outdoor’ frente à pracinha de Cabelo Seco, fruto de nossos diálogos e ações na comunidade. Dan Baron percebeu a poesia e criatividade nas suas frases e gestos cotidianos, e os transformou em instalações visuais. Cada obra retratou, celebrou, provocou, sensibilizou e convidou, ao mesmo tempo, e continua assim, um processo vivo de eco-alfabetização dialógica!”

“A exposição revela um complexo retrato íntimo”, reflete Dan, “sobre uma comunidade amazônica em processo de se re-conhecer, e sobre o colapso climático que a Mãe Natureza sofre hoje. Mas esse duplo retrato gera esperança, porque mostra criatividade, solidariedade e sabedoria infantis e adolescentes, na rua, casa e escola, uma comunidade violentada buscando seu projeto alternativo do Bem Viver.”

Markus e Kemilly apresentam um fragmento de dança afro de Guiné Bissau para celebrar a cultura de raiz como linguagem de auto-conhecimento e libertação de ensino e aprendizado.

No dia 02 de dezembro, Dan realizou a primeira ação de lançamento na Escola EMEF Irmã Theodora, junto com Doelde Ferreira, professora de geografia e gestora do projeto Conexão Afro, colaboradora com Rios de Encontro desde 2015.

“Dan brincou com os 30 alunos de 13-14 anos da turma 8B, transformando a dificuldade de entender seu sotaque galês em recurso pedagógico”, disse Doelde. “Perguntou por que ele não sabia falar sua própria língua originária, e quem ali sabia sua língua indígena ou africana, e de onde veio o Português na sua boca? Ninguém sabia. Depois Markus Sousa e Kemilly da Souza do Conexão Afro apresentaram dança afro de Guiné Bissau. A turma ficou encantada! Logo, Dan perguntou por que a dança de raiz não está usada como linguagem de ensino e aprendizado?”

“Markus explicou o quanto se conheceu e se libertou dançando suas raízes. Dan logo convidou Kemilly pegar um quadro da exposição que retrata a Biblioteca Folhas da Vida do projeto, e ler o poema Consciência Negra. Kemilly leu, captou e recitou o poema que narra a experiência de uma criança se abrindo, se lendo e escrevendo sua história, desenhando e dançando. Todos aceitaram o convite para colaborar com uma escola indígena e com uma escola solidária com Amazônia na Alemanha!” 

Na live realizada no dia 07 de dezembro, uma roda adulta conhecia a exposição virtual, para focalizar prioridades na segunda década do projeto. A chuva dificultou a participação de parceiros da UNIFESSPA, AESSPA e gestoras de Cabelo Seco, mas Livy Malcher (muralista de Belém), Deize Botelho (gestora cultural), Carlos André Souza (educador), Doelde Ferreira, Manoela e Dan gravaram duas horas de diálogo para criar um recurso ecopedagógico para Marabá e a região. 

A roda identificou arte terapia comunitária, formação ecopedagógica de professores, e projetos interculturais como prioridades numa segunda década. Porém destacou o potencial do projeto tornar-se um programa nacional, cultivando escolas como projetos comunitários de bem viver para nutrir cidades ecológicas sustentáveis.

Exposição digital : https://transformance.org.br/projetos/amazonia-sem-molduras/

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